O segmento automotivo é um dos mais importantes do mercado brasileiro, correspondendo a cerca de 22% do PIB industrial e 4% do PIB total do país. Dentro da cadeia logística automotiva, o transporte é crucial para a movimentação de autopeças, forjados, fundidos, estampados, trefilados, dentre outros tipos de peças que fazem parte da produção.
No entanto, é importante ter em mente que em cada etapa do deslocamento existem situações que podem impactar de maneiras diferentes na forma de realizar o transporte. Por isso é preciso fazer uma análise detalhada de alguns pontos como tipo de embalagem, tempo para entrega, volumetria, distâncias a serem percorridas, entre outras.
Cada uma das etapas conta com uma especificação exclusiva da cadeia, de acordo com sua necessidade. Na etapa de transporte de peças do fornecedor que produz os componentes utilizados na montagem do veículo para montadora, por exemplo, é utilizado o sistema de produção japonês Just-in-time, onde há uma preocupação de ocupar o mínimo de espaço e o menor tempo possível dentro da fábrica.
Então, para que tudo ocorra de acordo, as montadoras adotam um sistema de transporte para abastecer a linha de montagem no momento certo e com a quantidade programada, chamada de “Milk Run”, como se fosse o circuito do leite, que percorre um trajeto pré-determinado carregado de embalagens vazias e realiza paradas em vários pontos de fornecimento, onde estas são trocadas por outra cheia de material para a fábrica.
Já na etapa de transporte do veículo acabado, após a finalização da montagem do automóvel, ele é enviado para as concessionárias por meio de caminhões do tipo Cegonha (caminhões com carroceria de dois níveis de piso – levando de 10 a 11 automóveis). Os veículos são conduzidos através de rampas hidráulicas nestas cegonheiras e quando os automóveis estão dispostos nas posições corretas, são fixados pelos pneus com sistema de correntes e garras.